PLURAL: preconceito às avessas

Redação do Diário

A coluna Plural desta quinta-feira (16) traz texto sobre o tema Direito e sociedade. Os textos da Plural são publicados diariamente na edição impressa do Diário de Santa Maria. A Plural conta com 24 colunistas.

Rony Pillar CavalliAdvogado e professor universitário

Com o discurso do politicamente correto tomando conta dos ambientes, a ponto que temos que nos cuidarmos sobre aquilo que falamos, sob pena de sermos alvo desta turma lacradora que vê preconceito, racismo e maldade em tudo, quem não se dobra a este comportamento e tem personalidade e opinião própria, efetivamente acaba sofrendo preconceito às avessas, sem que ninguém se importe com isto, pois quem tem este comportamento, em tese, não faria parte de nenhuma “minoria”.

É do grande jurista Ives Gandra Martins a tirada de “Não Sou: – nem negro, nem homossexual, nem índio, nem assaltante, nem guerrilheiro, nem invasor de terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na …verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê?”

Na questão de orientação sexual, se declarar hoje heterossexual, dependendo do ambiente que se está, será de pronto taxado de potencial estuprador, machista tóxico, preconceituoso e, por aí vai. Este comportamento de rechaçar héteros não se considera preconceito. É como se esta turma tivesse um salvo-conduto contra héteros. Por acaso algum dos leitores já viu na imprensa algum caso sendo coberto destas espécies de preconceitos? Um hétero sofrendo preconceito de um homossexual. É como se as alegadas minorias tivessem uma prévia autorização para discriminar os que não se enquadram em seu estilo de vida.

Esta semana recebi uma mensagem de uma amiga e colega advogada que me relatou que precisou transferir seu filho, de 16 anos, de escola, tudo por ele ter se declarado hétero e, por isto, passou a sofrer toda espécie de perseguição e preconceitos por parte de turmas de alunos gays e lésbicas, os quais passaram a rechaçar de forma veemente e até violenta a presença de seu filho.

Com o relato do filho, a mãe procurou a direção da escola, tendo se surpreendido com a resposta da diretora, a qual referiu que estão absolutamente cientes e não conseguem resolver o problema, chegando referir que tal comportamento “estaria fora de controle”.

Quem tem um mínimo de discernimento sabe que este comportamento é alimentado por partidos de esquerda, os quais cientes do fracasso da bandeira da luta de classes sob o viés econômico, visto que tudo que tentaram, onde chegaram ao poder, teve como resultado fome, miséria e destruição, trocaram sua bandeira para a suposta defesa das “minorias”, tendo estas caído no “canto da sereia”.

Além da tristeza de ver esta guerra declarada entre indivíduos da mesma espécie, cuja única importância que se deveria dar é que todos são humanos, pouco importando suas raças, religiões ou orientação sexual, é triste também ver indivíduos supostamente inteligentes que, com objetivo de sentirem-se aceitos e moralmente superiores, com virtudes elevadas perante à sociedade, adotam este discurso e contribuem para o acirramento dos ânimos.

A estratégia, de forma escancarada, é dividir para conquistar e, claro, conquistar a simpatia destes grupos para ter seu voto com a falsa promessa de proteção, da mesma forma que a esquerda prometeu o paraíso ao proletariado e tudo que entregou foi miséria e fome.

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